UFS promove campanha voltada para animais do Campus
A iniciativa visa a conscientizar pessoas quanto à prática do abandono de animais domésticos.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Importância dos fatores ambientais sobre as características fenológicas das espécies arbóreas
08:54
Ciência, Climatologia, Climatology, Engenharia Florestal, Environmental variables, Espécies Arbóreas, Fenologia, Fenology, Imagem, Meio Ambiente, Tree species, Unidades de Conservação, Variáveis Ambientais
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segunda-feira, 23 de julho de 2012
Economia verde-financeira associada ao novo código florestal aumenta caos fundiário e ambiental
Há poucos dias, o atual presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), Gerson Teixeira, chamou atenção em artigo veiculado pela internet para uma mudança introduzida pelo novo Código Florestal (Art. 41, parágrafo 4), que institucionaliza os Títulos de Carbono e Cotas de Reservas Legais como mecanismo de comércio de crédito de carbono, instrumento financeiro que se propõe a vender excessos de oxigênio gerados pelas florestas nacionais em compensação aos setores emissores líquidos de dióxido de carbono na atmosfera.
Essa iniciativa, analisada sob os enfoques fundiário, ambiental e internacional, a depender da implementação que venha a ter, contém riscos sociais enormes, que provavelmente passaram desapercebidos, exceto pelos espertos caçadores de oportunidades a qualquer custo. Vamos tentar traduzir para o leitor esses riscos, associados à via financeira da economia verde e da sua conexa internacionalização do mercado de terras, que a nova norma do Código Florestal pretende introduzir.
Títulos de Carbono e Cotas de Reservas Legais são títulos patrimoniais novos, que ‘proprietário e possuidores’, conforme o texto legal, uma vez emitindo-os, convertem o ativo real a que se reportam (território florestal sob comércio) em direito de propriedade do comprador. Negociados em Bolsas de Valores ou de Commodities, tais títulos seriam via certa e direta da internacionalização do mercado de terras, principalmente das terras de vasta cobertura florestal natural – a Amazônia Legal brasileira em especial, mas não apenas. A avaliação financeira desses créditos/débitos de carbono irá depender evidentemente do ‘valor’ que esse comércio venha a alcançar no mercado global.
Por outro lado, títulos patrimoniais para negociação no mercado financeiro requerem titularidade legal reconhecível, sob pena de a transação envolvida não se efetivar. Aí reside um grave problema brasileiro, de natureza fundiária, que está envolvido na questão. A titularidade da esmagadora maioria dos territórios das florestas em Parques e Reservas, Terra Indígena e Terras Devolutas, é da União ou dos estados, não obstante em toda essas áreas públicas haver intrusão de grileiros e em pequenas dimensões de posseiros familiares. Essas terras públicas, para entrarem no mercado financeiro, no formato que o Código Florestal institui, precisariam ser privatizadas legalmente, para somente então serem financeirizadas e internacionalizadas.
Esse processo que a economia verde de vertente financeira persegue ignora absolutamente a situação agrária do país, a população camponesa e, por que não dizer?, também o meio ambiente. Isto porque crédito de carbono emitido a partir do fato natural (absorção de dióxido e emissão de oxigênio) não envolve nenhum trabalho humano, mas sim a captura de uma renda fundiária ambiental mundial, por conta de uma ilegítima apropriação privada do território. Tampouco melhora a situação ambiental das regiões nacionais de agricultura avançada, que também poderiam compensar seus débitos com compra de títulos no mercado financeiro.
É necessário olhar com muita cautela a regulamentação deste texto legal (Código Florestal). Isto porque muito astutos de ocasião, percebendo um pouco a exaustão do ‘boom da commodities’ que caracterizou o ciclo expansivo primário-exportador da última década, podem estar tentando ensaiar um movimento tìpicamente financeiro de internacionalização do mercado de terras, sob etiqueta verde.
Aparentemente, o governo Dilma encampou desapercebidamente a jogada dos verdes de vertente financeira. Terá a oportunidade da regulamentação legal para colocar freios na especulação mais escandalosa, sob pena de produzir uma enorme confusão fundiário-financeira. Até certo ponto, a desordem de titularidades fundiárias no país como um todo e na Amazônia Legal em particular são um sério obstáculo à perpetuação da engenharia financeira preconizada no Código Florestal. Mas como bem observou o competente geógrafo Ariovaldo Umbelino, uma nova Lei de Terras, à imagem e semelhança daquela de 1850, pode ser o sonho ruralista para realizar essa nova vertente financeira do mercado de terras.
Guilherme Costa Delgado é doutor em economia pela UNICAMP e consultor da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Fusca 62 - Fazendo o marcador combustível funcionar
19:12
1962, Antigomobilismo, Automobilismo, Boia elétrica, ebay, Fusca, fusca 1200, Fusca 1962, gasolina, marcador, tanque alto, Volkswagen, voltage drop
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Quem tem um carro antigo com sistema elétrico convertido de 6 para 12 Volts sabe como alguns instrumentos simplesmente deixam de funcionar após a mudança. Isto também acontecia com meu carro, especialmente com o marcador de combustível.
Quando foi feito o reparo do motor de partida (ler post: O bendix do motor de partida) aproveitei para tentar reparar também a boia de combustível, mas foi em vão. O jeito foi comprar uma boia nova (ler post: A boia elétrica de combustível), o que resolveu o problema em parte. Ficou constatado que não havia defeito nenhum com a instalação, tampouco com a boia nova, a sugestão do Sr. Adilson, o eletricista, era que estava chegando corrente demais no marcador. Esta hipótese já me havia sido colocada pelo colega forista Jorge Lemos, um baita expert em fuscas, que recomendou a compra de uma espécie de redutor de voltagem 12 para 6v.
Jorge havia me passado o link de um site americano que vendia a tal peça, no entanto, tentando facilitar as coisas fui atrás dela aqui no Brasil. Procurei em vários sites especializados em carros antigos, consultei amigos engenheiros eletricistas e não conseguia encontrar algo que cumprisse a tarefa.
Dado por vencido nesta empreitada, comprei a peça no Ebay ao vendedor Source Auto Parts. O Wiper voltage drop, em português: redutor de voltagem do limpador (creio que por ser muito utilizado em limpadores de para-brisas) custou US$ 11,95 e o seu frete para o Brasil saiu por US$ 15,00. Na verdade trata-se de uma resistência instalada no fio de alimentação do relógio marcador de combustível que reduz sua voltagem e o faz operar com no máximo 6v.
Após quase 3 meses de espera pela peça que veio da Califórnia chegar em Aracaju, a instalação foi super rápida. Aparentemente o marcador de combustível voltou a funcionar normalmente, ainda coloquei um pouco de gasolina no tanque e o marcador respondeu tranquilamente.
É isso aí, agora é só acompanhar para ver se está marcando certo e aproveitar!
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Quando foi feito o reparo do motor de partida (ler post: O bendix do motor de partida) aproveitei para tentar reparar também a boia de combustível, mas foi em vão. O jeito foi comprar uma boia nova (ler post: A boia elétrica de combustível), o que resolveu o problema em parte. Ficou constatado que não havia defeito nenhum com a instalação, tampouco com a boia nova, a sugestão do Sr. Adilson, o eletricista, era que estava chegando corrente demais no marcador. Esta hipótese já me havia sido colocada pelo colega forista Jorge Lemos, um baita expert em fuscas, que recomendou a compra de uma espécie de redutor de voltagem 12 para 6v.
Jorge havia me passado o link de um site americano que vendia a tal peça, no entanto, tentando facilitar as coisas fui atrás dela aqui no Brasil. Procurei em vários sites especializados em carros antigos, consultei amigos engenheiros eletricistas e não conseguia encontrar algo que cumprisse a tarefa.
É isso aí, agora é só acompanhar para ver se está marcando certo e aproveitar!
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segunda-feira, 11 de junho de 2012
Acesso remoto aos Periódicos Capes (UFRPE) com o Google Chrome
09:33
Capes, Ciência, Dicas Rápidas, Informática, Periódicos da Capes, Pós-graduação, Revistas científicas, UFRPE
2 comentários
Assim como eu, alguns colegas da Pós-Graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco sentiram dificuldades em acessar remotamente (via Proxy) os valiosos periódicos da Capes pelo navegador Google Chrome (versão 19.0.1084.52). Por ser considerado o navegador mais rápido e versátil disponível gratuitamente, o Chrome é praticamente unanimidade entre os estudantes. Porém, como a página do Núcleo de Tecnologia da Informação - NTI - da "Rural" somente disponibiliza tutoriais para configuração do Internet Explorer e Mozila Firefox (http://nti.ufrpe.br/proxy.html) a solução encontrada foi instalar um dos dois navegadores. Pensando em facilitar a vida da moçada resolvi fuçar um pouquinho e configurar o Chrome para acessar remotamente os Periódicos da Capes, é bem fácil e rápido. Aí vai o resultado:
1. No portal dos periódicos da Capes (http://periodicos.capes.gov.br) a barra laranja indica que o seu navegador não está configurado, logo você só terá acesso ao conteúdo dos periódicos liberados gratuitamente. Então, para ter acesso ao conteúdo pago pelo governo e disponível para os estudantes das universidades federais, acesse as CONFIGURAÇÕES do navegador.

2. Em seguida, procure o item Rede. Clique no botão Alterar configurações de proxy, depois na aba Conexões e então no botão Configurações da LAN. Na janela que irá surgir marque somente as caixas de opção Detectar automaticamente as configurações e Usar script de configuração automática. No campo "Endereço:" digite o endereço do servidor proxy da UFRPE (http://www.ufrpe.br/proxy.pac). Para salvar clique em Ok nas duas janelas abertas.
3. Recarregue a página dos periódicos da Capes (a tecla F5 é um bom atalho para isto). Deverá aparecer uma caixa solicitando seu nome de usuário e senha. Preencha corretamente com seus dados criados no SIGA UFRPE e clique em Fazer Logon. Obs.: Se a senha de acesso remoto tiver expirado não será possível ao conteúdo integral do portal e, possivelmente, você terá que entrar em contato com a pessoa responsável no seu Programa para reativá-la.
4. Do contrário, prontinho! O acesso ao conteúdo integral do portal já estará disponível (observe que a barra laranja não aparece mais). Você poderá salvar a senha para não ter que digitá-la novamente, tornando o acesso ao portal ainda mais rápido.

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1. No portal dos periódicos da Capes (http://periodicos.capes.gov.br) a barra laranja indica que o seu navegador não está configurado, logo você só terá acesso ao conteúdo dos periódicos liberados gratuitamente. Então, para ter acesso ao conteúdo pago pelo governo e disponível para os estudantes das universidades federais, acesse as CONFIGURAÇÕES do navegador.
2. Em seguida, procure o item Rede. Clique no botão Alterar configurações de proxy, depois na aba Conexões e então no botão Configurações da LAN. Na janela que irá surgir marque somente as caixas de opção Detectar automaticamente as configurações e Usar script de configuração automática. No campo "Endereço:" digite o endereço do servidor proxy da UFRPE (http://www.ufrpe.br/proxy.pac). Para salvar clique em Ok nas duas janelas abertas.
3. Recarregue a página dos periódicos da Capes (a tecla F5 é um bom atalho para isto). Deverá aparecer uma caixa solicitando seu nome de usuário e senha. Preencha corretamente com seus dados criados no SIGA UFRPE e clique em Fazer Logon. Obs.: Se a senha de acesso remoto tiver expirado não será possível ao conteúdo integral do portal e, possivelmente, você terá que entrar em contato com a pessoa responsável no seu Programa para reativá-la.
4. Do contrário, prontinho! O acesso ao conteúdo integral do portal já estará disponível (observe que a barra laranja não aparece mais). Você poderá salvar a senha para não ter que digitá-la novamente, tornando o acesso ao portal ainda mais rápido.
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quinta-feira, 24 de maio de 2012
Fusca 62 - O carburador do fusca 1200
Há oito meses só funcionando na garagem até já esperava que houvesse algum problema no sistema de alimentação do meu VW Sedan, só não imaginava que fosse aprender tanto com ele e ficar extremamente contente com o que vi.
Meu carro já apresentava indícios de mal funcionamento na marcha lenta quando era colocado em funcionamento para esquentar o motor, isso fez com que eu retomasse e replanejasse seu projeto de restauro. As constantes falhas na aceleração, ponto descompassado e o motor morrendo com grande frequência fizeram com que eu levasse o carro a um mecânico para que fosse feita aquela revisão no sistema de alimentação.
Depois de ouvir alguns insultos dos motoristas apressadinhos em seus carros cheirando a tinta fresca, que às 8h da manhã não gostaram nada de dividir o asfalto com um carro antigo trafegando numa média de 20 km/h (entre engasgos e apagar de fogo), enfim cheguei à oficina.

Um novo mecânico
A primeira expressão da pessoa que vai mexer no carro já dá uma ideia do que vem pela frente. Normalmente reações de surpresa, seguidas de expressões do tipo: "Faz tempo que não via um destes!", "Rapaz, isso é uma relíquia!" indicam que o mecânico não manja muito do carro, e que provavelmente você terá que explicar algumas coisas. Quando as expressões começam com "Olha só...isso!", "Olha só aquilo!" , acompanhadas de um dedo apontado para alguma peça do carro, é melhor cair fora e bem rápido.
Os bons mecânicos e conhecedores deste tipo de carro que conheci não se surpreenderam com tanta facilidade, foram até bem calados no início, mas logo começaram a contar histórias dos carros nos quais trabalharam e me explicaram com prazer as partes do carro que estavam mexendo, isso, sem dúvidas me deixava muito mais tranquilo.
Bom, desta vez a reação do mecânico não chegou a me tranquilizar ao ponto de desgrudar do carro, mas ele demonstrou certa experiência com motores 1300, o que julguei ser razoável dada a sua pouca idade.
Acontece que a alma das coisas está nos detalhes. Hoje concordei ainda mais com essa máxima e aprendi uma lição: motores 1200 são bem diferentes de motores 1300, especialmente os carburadores.

- Qual foi o problema?
Quando fiz esta pergunta a resposta veio acompanhada de uma coçadinha no couro cabeludo: - tá faltando alguma peça aqui, a gasolina não está chegando na câmara!
Resumindo o enredo, o mecânico achou por bem levar o carburador num especialista, pois ele não teria a tal peça. Chegando no especialista, o carburador foi totalmente desmontado, limpo e inspecionado. Fiquei muito contente em saber que estava bem íntegro para a idade que imagino que ele tenha, mais um sinal de que o carro foi bem cuidado por seu(s) antigo(s) dono(s).
Então, chegou-se a um veredito: o bico injetor (uma peça em formato de bengala) está quebrado, tem que arrumar um novo.
Rodei a cidade inteira atrás deste bendito injetor e não encontrei. Ok, tratando-se de Aracaju nenhuma novidade até então. A busca na internet também não trouxe muita luz. Então, resolvi ouvir a sugestão do mecânico em procurar um outro especialista conhecido dele. Confesso que deixei esta como última opção por achar que seria mais um jovem mecânico, me enganei. Mais uma lição aprendida: não tirar conclusões precipitadas!

Munido do Carburador, do Manual Haynes e do livro Conheça seu Volkswagen fui até o local. Acho que a surpresa foi mútua ao contar àquele senhor de setenta e tantos anos o que eu sabia sobre o carburador do meu carro (justiça seja feita, aprendi no Fórum Fusca Brasil). Sr. Wellington, com toda a calma e serenidade que a idade avançada proporciona a uma pessoa, me explicou toda a estrutura do SOLEX 28 PCI, comparando com o desenho esquemático do livro e ainda trouxe um SOLEX PIC 30 (do 1300) para mostrar as diferenças, que são muitas, mas a principal delas ficou evidente: o SOLEX 28 NÃO POSSUI BICO INJETOR como nos demais carburadores e sim um orifício na sua própria estrutura que faz a injeção do combustível (foto). Com isso, não havia problema algum com meu carburador, somente sujeira de longos anos nos gicleurs, e certamente gasolina velha destes últimos oito meses.
Alguns amigos até já tinham sugerido que seria este o problema, mas como eu queria revisar todo o sistema de alimentação do carro, aproveitei para começar pelo carburador.
Foi uma baita aula que tive sobre carburadores de fusca. Aproveitei o ensejo e encomendei pela internet o jogo de reparo do carburador, da bomba de combustível, os canos de alimentação, um filtro de gasolina novo e uma tampa do tanque de combustível nova. E por falar em tanque, quero abrir para ver seu estado e limpá-lo se necessário, duvida que será?
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Meu carro já apresentava indícios de mal funcionamento na marcha lenta quando era colocado em funcionamento para esquentar o motor, isso fez com que eu retomasse e replanejasse seu projeto de restauro. As constantes falhas na aceleração, ponto descompassado e o motor morrendo com grande frequência fizeram com que eu levasse o carro a um mecânico para que fosse feita aquela revisão no sistema de alimentação.
Depois de ouvir alguns insultos dos motoristas apressadinhos em seus carros cheirando a tinta fresca, que às 8h da manhã não gostaram nada de dividir o asfalto com um carro antigo trafegando numa média de 20 km/h (entre engasgos e apagar de fogo), enfim cheguei à oficina.

Um novo mecânico
A primeira expressão da pessoa que vai mexer no carro já dá uma ideia do que vem pela frente. Normalmente reações de surpresa, seguidas de expressões do tipo: "Faz tempo que não via um destes!", "Rapaz, isso é uma relíquia!" indicam que o mecânico não manja muito do carro, e que provavelmente você terá que explicar algumas coisas. Quando as expressões começam com "Olha só...isso!", "Olha só aquilo!" , acompanhadas de um dedo apontado para alguma peça do carro, é melhor cair fora e bem rápido.
Os bons mecânicos e conhecedores deste tipo de carro que conheci não se surpreenderam com tanta facilidade, foram até bem calados no início, mas logo começaram a contar histórias dos carros nos quais trabalharam e me explicaram com prazer as partes do carro que estavam mexendo, isso, sem dúvidas me deixava muito mais tranquilo.
Bom, desta vez a reação do mecânico não chegou a me tranquilizar ao ponto de desgrudar do carro, mas ele demonstrou certa experiência com motores 1300, o que julguei ser razoável dada a sua pouca idade.
Acontece que a alma das coisas está nos detalhes. Hoje concordei ainda mais com essa máxima e aprendi uma lição: motores 1200 são bem diferentes de motores 1300, especialmente os carburadores.

- Qual foi o problema?
Quando fiz esta pergunta a resposta veio acompanhada de uma coçadinha no couro cabeludo: - tá faltando alguma peça aqui, a gasolina não está chegando na câmara!
Resumindo o enredo, o mecânico achou por bem levar o carburador num especialista, pois ele não teria a tal peça. Chegando no especialista, o carburador foi totalmente desmontado, limpo e inspecionado. Fiquei muito contente em saber que estava bem íntegro para a idade que imagino que ele tenha, mais um sinal de que o carro foi bem cuidado por seu(s) antigo(s) dono(s).
Então, chegou-se a um veredito: o bico injetor (uma peça em formato de bengala) está quebrado, tem que arrumar um novo.
Rodei a cidade inteira atrás deste bendito injetor e não encontrei. Ok, tratando-se de Aracaju nenhuma novidade até então. A busca na internet também não trouxe muita luz. Então, resolvi ouvir a sugestão do mecânico em procurar um outro especialista conhecido dele. Confesso que deixei esta como última opção por achar que seria mais um jovem mecânico, me enganei. Mais uma lição aprendida: não tirar conclusões precipitadas!
Munido do Carburador, do Manual Haynes e do livro Conheça seu Volkswagen fui até o local. Acho que a surpresa foi mútua ao contar àquele senhor de setenta e tantos anos o que eu sabia sobre o carburador do meu carro (justiça seja feita, aprendi no Fórum Fusca Brasil). Sr. Wellington, com toda a calma e serenidade que a idade avançada proporciona a uma pessoa, me explicou toda a estrutura do SOLEX 28 PCI, comparando com o desenho esquemático do livro e ainda trouxe um SOLEX PIC 30 (do 1300) para mostrar as diferenças, que são muitas, mas a principal delas ficou evidente: o SOLEX 28 NÃO POSSUI BICO INJETOR como nos demais carburadores e sim um orifício na sua própria estrutura que faz a injeção do combustível (foto). Com isso, não havia problema algum com meu carburador, somente sujeira de longos anos nos gicleurs, e certamente gasolina velha destes últimos oito meses.
Alguns amigos até já tinham sugerido que seria este o problema, mas como eu queria revisar todo o sistema de alimentação do carro, aproveitei para começar pelo carburador.
Foi uma baita aula que tive sobre carburadores de fusca. Aproveitei o ensejo e encomendei pela internet o jogo de reparo do carburador, da bomba de combustível, os canos de alimentação, um filtro de gasolina novo e uma tampa do tanque de combustível nova. E por falar em tanque, quero abrir para ver seu estado e limpá-lo se necessário, duvida que será?
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Na contramão da evolução: Sergipe ainda discute aterro sanitário
O século é XXI, o ano é 2012, mas o país é Brasil e o estado é Sergipe.
Há pelo menos uma dúzia de anos se discute em Sergipe onde construir o aterro sanitário da grande Aracaju. Eu lembro bem de um dos primeiros capítulos desta novela, o seminário Lixo: Alternativas para o destino dos resíduos sólidos da grande Aracaju, organizado pelo Instituto Acauã, uma ONG que na época era coordenada pelo Biólogo Genival Nunes (atual presidente da ADEMA - Administração Estadual do Meio Ambiente). Naquele momento, um jovem estudante, recém ingresso no curso de Engenharia Florestal, fez uma pergunta a mesa do evento: porque queremos um aterro sanitário se existem outras alternativas mais viáveis? O silêncio contido numa resposta evasiva ecoa até os dias atuais.
Assim, pergunto novamente: porque queremos um aterro sanitário se existem soluções ambiental e economicamente mais viáveis? Vou mais além: Soluções estas que podem gerar muitos empregos e inaugurar a cultura de negócios verdes em Sergipe.
O clamor por uma destinação "adequada" dos resíduos sólidos foi fundamentado pelo esgotamento da capacidade da Lixeira da Terra Dura e a ameaça que a mesma oferecia a segurança dos voos que operavam no aeroporto Santa Maria. Todo este tempo se passou e nada mudou, o aeroporto continua no mesmo lugar e os resíduos sólidos da grande Aracaju continuam indo para a antiga lixeira!
Não dá para entender mesmo como uma tecnologia tão ultrapassada ainda é cotada como a melhor solução para os resíduos sólidos. É fato! Nenhum lugar do mundo quer construir aterros sanitários, pois além de ser uma tecnologia ambientalmente ultrapassada, com duras críticas por parte dos especialistas no assunto, é considerado como um empreendimento com retorno economico de longo, longo prazo.
Isso leva a outras questões: a quem tanto interessa a construção deste aterro? Quem efetivamente lucra com isso?
Sobre a viabilidade do aterro sanitário, muitas questões de cunho técnico já foram levantadas pelo governo, oposição, ONGs, OSCIPs e Conselhos de classes. Já foram realizadas mil adequações no projeto conceitual, outras tantas revisões no orçamento do mesmo, estudos de potencial de contaminação de aquiferos, EIAs, RIMAs e o escambau. Mas, graças às comunidades, infelizmente mais temerosas do que esclarecidas, as propostas tem sido sumariamente rejeitadas nas audiêcias públicas, a última foi no município de Nossa Senhora de Socorro com supostos atos suspeitos por parte da empresa interessada no empreendimento (Matéria na Infonet).
Isso já começa a cheirar mal (com a licença do trocadilho), mas parece que a sociedade sergipana pode estar prestes a comprar (e pagar caro, pois custa muito dinheiro) uma tecnologia velha num processo que já demonstra aspectos, no mínimo, suspeitos. É lixo, mas não é qualquer coisa!
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Há pelo menos uma dúzia de anos se discute em Sergipe onde construir o aterro sanitário da grande Aracaju. Eu lembro bem de um dos primeiros capítulos desta novela, o seminário Lixo: Alternativas para o destino dos resíduos sólidos da grande Aracaju, organizado pelo Instituto Acauã, uma ONG que na época era coordenada pelo Biólogo Genival Nunes (atual presidente da ADEMA - Administração Estadual do Meio Ambiente). Naquele momento, um jovem estudante, recém ingresso no curso de Engenharia Florestal, fez uma pergunta a mesa do evento: porque queremos um aterro sanitário se existem outras alternativas mais viáveis? O silêncio contido numa resposta evasiva ecoa até os dias atuais.
Assim, pergunto novamente: porque queremos um aterro sanitário se existem soluções ambiental e economicamente mais viáveis? Vou mais além: Soluções estas que podem gerar muitos empregos e inaugurar a cultura de negócios verdes em Sergipe.
O clamor por uma destinação "adequada" dos resíduos sólidos foi fundamentado pelo esgotamento da capacidade da Lixeira da Terra Dura e a ameaça que a mesma oferecia a segurança dos voos que operavam no aeroporto Santa Maria. Todo este tempo se passou e nada mudou, o aeroporto continua no mesmo lugar e os resíduos sólidos da grande Aracaju continuam indo para a antiga lixeira!
Não dá para entender mesmo como uma tecnologia tão ultrapassada ainda é cotada como a melhor solução para os resíduos sólidos. É fato! Nenhum lugar do mundo quer construir aterros sanitários, pois além de ser uma tecnologia ambientalmente ultrapassada, com duras críticas por parte dos especialistas no assunto, é considerado como um empreendimento com retorno economico de longo, longo prazo.
Isso leva a outras questões: a quem tanto interessa a construção deste aterro? Quem efetivamente lucra com isso?
Sobre a viabilidade do aterro sanitário, muitas questões de cunho técnico já foram levantadas pelo governo, oposição, ONGs, OSCIPs e Conselhos de classes. Já foram realizadas mil adequações no projeto conceitual, outras tantas revisões no orçamento do mesmo, estudos de potencial de contaminação de aquiferos, EIAs, RIMAs e o escambau. Mas, graças às comunidades, infelizmente mais temerosas do que esclarecidas, as propostas tem sido sumariamente rejeitadas nas audiêcias públicas, a última foi no município de Nossa Senhora de Socorro com supostos atos suspeitos por parte da empresa interessada no empreendimento (Matéria na Infonet).
Isso já começa a cheirar mal (com a licença do trocadilho), mas parece que a sociedade sergipana pode estar prestes a comprar (e pagar caro, pois custa muito dinheiro) uma tecnologia velha num processo que já demonstra aspectos, no mínimo, suspeitos. É lixo, mas não é qualquer coisa!
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Aracaju evolui: proibida a venda de animais nos mercados da capital
20:09
Animais, Animais de estimação, Animais domésticos, Atualidades, Direito Ambiental, Meio Ambiente
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Evolução. Basta procurar no Wikipedia e estará lá: "processo constante de mudança que tem vindo a transformar a vida na Terra desde o seu princípio mais simples até à sua diversidade existente" (Mayr, 2001).
Evolução. É esta a palavra que traduz a sensata iniciativa da Prefeitura de Aracaju em proibir o comércio de animais vivos nos mercados municipais de Aracaju, uma das bandeiras mais antigas de todas as entidades protetoras de animais mundo afora, que refletirá numa parte da sociedade aracajuana.
A humanidade já tem discernimento (ou deveria ter) suficiente para não tolerar qualquer tipo de atividade (comercial, laboral, de lazer, etc.) que humilhe, maltrate, coaja e que cause tantas outras malésias a seres vivos. Qualquer ato neste sentido deve ser sumariamente banido da sociedade. Assim, recebo e divulgo com muita alegria (como disse uma amiga: "- que não cabe em mim") a matéria veiculada no site da Prefeitura Municipal de Aracaju.
----
MAYR, E. What Evolution Is. Basic Books: New York, 2001. 336p.
Evolução. É esta a palavra que traduz a sensata iniciativa da Prefeitura de Aracaju em proibir o comércio de animais vivos nos mercados municipais de Aracaju, uma das bandeiras mais antigas de todas as entidades protetoras de animais mundo afora, que refletirá numa parte da sociedade aracajuana.
A humanidade já tem discernimento (ou deveria ter) suficiente para não tolerar qualquer tipo de atividade (comercial, laboral, de lazer, etc.) que humilhe, maltrate, coaja e que cause tantas outras malésias a seres vivos. Qualquer ato neste sentido deve ser sumariamente banido da sociedade. Assim, recebo e divulgo com muita alegria (como disse uma amiga: "- que não cabe em mim") a matéria veiculada no site da Prefeitura Municipal de Aracaju.
PMA proíbe comércio de animais vivos nos mercados
A Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), após um prazo de 30 dias, estabeleceu que a partir desta sexta-feira, 24, não será permitido o comércio de animais vivos, como aves, cabras e animais domésticos, nos mercados centrais e setoriais. No total foram notificados 18 comerciantes, sendo nove no Albano Franco, cinco no Antônio Franco e quatro no Roberto Silveira.
"O prazo fatal é nesta quinta-feira. Todos os comerciantes foram notificados e estão cientes desta determinação. Ressaltamos que o nosso objetivo não é retirar o ponto do permissionário, mas tão somente proibir a venda de animais vivos. Eles poderão utilizar o espaço para outra atividade comercial", explicou Lucimara Passos, presidente da Emsurb.
Segundo Lucimara, há anos vem sendo debatida a situação do comércio de animais vivos nos mercados em razão das condições de como eles são dispostos. "Existe um movimento de entidades protetoras dos animais, assim como do Ibama, Adema e Ministério Público, que pede a retirada deste tipo de comércio", acrescentou a presidente.
As notificações aos comerciantes foram expedidas no dia 10 de janeiro, sendo estabelecido um prazo de até 30 dias. "Eles não atenderam a esse prazo, então demos 24 horas para que a determinação fosse cumprida", disse Silvana Gomes, gerente de Abastecimento. "Todos eles estão atendendo ao prazo determinado. Os comerciantes também podem agora solicitar a mudança de atividade comercial", ressaltou.
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MAYR, E. What Evolution Is. Basic Books: New York, 2001. 336p.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Fusca 62 - Homenagem ao Sr. Lucas
17:09
1962, Antigomobilismo, Automobilismo, Fusca, Fusca 1962, Seu Lucas, Taxi Recife, Volkswagen
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O Sr. Amaro Bernardo da Silva, popularmente conhecido como Sr. Lucas, era um taxista recifense que trabalhava há mais de 30 anos com um fusca. Ele foi uma personagem especialmente decisiva na história do Vovô (ver post Fusca 62 - Encontrando um mecânico), foi ele quem bateu o martelo da compra.
Não éramos amigos, ele apenas me fez um favor do qual lhe serei grato por toda a vida, e com isso, criamos um esboço de amizade que, por algum desafortunado motivo, não evoluiu além disso. Lembro-me bem do último encontro com ele, foi na corrida de volta da loja onde comprei o Vovô. Conversamos bastante e ele me convidou para, num final de semana qualquer, levar o Vovô em sua casa para futucarmos o carro enquanto tomávamos algumas cervejas e jogávamos conversa fora. Quis a vida que isto nunca acontecesse, e me arrependo de não ter me esforçado mais para isto, pois hoje imagino que teria sido um momento muito legal, não só pelo que ele entendia de fusca, mas por que ele era um poço de simpatia.
Bom, cabe agora a mim, esta lembrança como homenagem.
Na primeira foto, retirada do site www.clubedofusca.net, a cena de quando o vi pela primeira vez, trabalhando com seu fusca 76 laranja monza a noite no ponto de táxi do hospital da restauração. Na segunda foto, retirada do blog www.irineumessias.blogspot.com.br, Sr. Lucas e seu possante.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
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