Depois das festas de fim de ano e do merecido recesso, 2011 começou tranquilo para o Vovô. Para comemorar seu primeiro ano comigo decidi levá-lo para encontrar com seus amigos no encontro semanal de Boa Viagem.Tudo estava dando certo demais para ser verdade. Convidei um amigo da Universidade para ir comigo (com aquele habitual medo de dar um problema no caminho e estar só), saímos às 16h da UFRPE e seguimos para o Shopping Recife. O percurso com aproximadamente 20 km foi feito sem pressa, o trânsito fluia bem, com direito a paradinha para tomar um refri, abastecer e calibrar os pneus. Levamos cerca de 40 minutos, que beleza! Estava feliz da vida com o desempenho do Vovô.
Após várias voltas no shopping, um verdadeiro passeio Socrático, (não muito por opção, mas por dureza mesmo!) fizemos um lanche e nos dirigimos ao estacionamento onde as partes cromadas do Vovô que não estavam enferrujadas reluziam a luz dos postes, se destacando entre os carros novos, rolou até uma seção de fotos.Tudo corria muito bem, eu quase não podia me conter tamanha era a emoção que me tomava, algumas pessoas próximas a cancela da saída do estacionamento apontavam para o carro um tanto admiradas. O próximo passo do plano era então seguir para o tão sonhado e há tanto tempo cobiçado encontro de fuscas de Boa Viagem, no Pina, que começaria por volta das 20h.
Era! Não andei nem 200 m além da saída do estacionamento e o motor começou a falhar, dando sinais de pane seca. Toda aquela cena colorida, radiante e feliz, rapidamente se transformou num grande imbróglio que quiprocó. Imediatamente pensei: – impossível ser falta combustível, pois havia abastecido há poucos. Entre outras coisas, me passou pela cabeça ser defeito na bomba de combustível, carburador, pois tinha quase certeza de que o problema era na alimentação.
Bom, depois de saciar o desejo dos outros motoristas em ver o Vovô contribuindo para a tão falada mobilidade urbana (feliz por meu amigo estar ali para me ajudar a empurrá-lo, fica a dica!) e estacioná-lo no estacionamento de uma igreja, nem pensei em futucar o motor. Não sei se foi a coincidência do local, mas uma luz pairou sobre mim e a primeira reação que tive foi ligar para o então presidente do Clube do Fusca de Pernambuco, a quem eu só conhecia por mensagens no Fórum Fusca Brasil, para pedir socorro.
Em vinte minutos chegava em meu socorro um membro do clube para verificar o ocorrido. Lembro bem da sua preocupação com a segurança do carro, e por isso sugeriu que empurrássemos o carro para um posto de lavagem na esquina. Logo depois lá no posto, realmente um local muito melhor, chegaram o Jorge e o Júlio, o atual presidente e o anterior. Deram uns telefonemas para o mecânico que atende o pessoal do clube. Moska, o mecânico, só poderia chegar ao local uma hora mais tarde.
Com isso, tranquei o carro e fomos de carona com o Jorge para o encontro. Lá foi muito bacana, conheci uma parte do pessoal que curte fuscas em Recife, pude conversar um pouco com o Jorge, que é um cara muito entendido de fusca, há quem diga que ele é especialista em 1200. Pena eu não ter curtido como gostaria, pois estava preocupado com meu carro.
Por falar em carro, percebi que não haviam muitos fuscas antigos por lá,mas os que estavam eram realmente bem conservados.
Enfim, Moska chegou, foi olhar o carro e bingo! Era mesmo problema de alimentação, não estava chegando combustível no carburador. No entanto, naquela condição não dava para tentar consertar nada e combinamos de eu guinchá-lo para sua oficina no dia seguinte.
No fim, voltamos de Boa Viagem de táxi com a certeza de que a viagem não foi tão boa.
terça-feira, 29 de março de 2011
Fusca 62 - Boa Viagem? Nem tanto!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário